terça-feira, 8 de março de 2011

Estudos da Mediunidade antes da Codificação Kardequiana

1. A SITUAÇÃO DA MEDIUNIDADE ANTES DE ALLAN KARDEC


O Anarquismo mediúnico
Antes de 18 de abril de 1857 não podemos falar de Espiritismo.
Pelo simples fato de somente nessa data o termo, com a sua atual acepção, ter sido criado.
Podemos, sim, falar sobre o fenômeno mediúnico, pois este é independente e anterior ao Espiritismo.

Observando desde a mais remota antiguidade, não encontramos a mediunidade sistematizada e estudada como o fez Kardec.
O que existia era a explosão do fenômeno e sua utilização, de forma espontânea e anárquica.
Muitas vezes, como acontece ainda em larga escala nos dias correntes, era o desequilíbrio mediúnico se patenteando nos diversos graus da obsessão.
Quem sabe, se não foi tal fato que levou ao costume, encontrado entre vários povos e épocas, de se respeitar o louco como um ser santificado?

O sobrenatural e o ritualismo em torno da mediunidade
Sem ser estudada amplamente, portanto sem uma sistematização racional, a mediunidade viu surgir, em torno de sua atividade,toda uma estrutura de concepções sobrenaturais absurdas.
Pelo desconhecimento das leis que acionam o fenômeno, os criaram inúmeros rituais para fazê-lo acontecer, utilizando nestes, toda sorte de excitantes sonoros e químicos, como o álcool e os alucinógenos.
Hoje ainda persistem estes rituais, tanto entre os povos civilizados como os primitivos.

2. SURGIMENTO DA MEDIUNIDADE E SUA INFLUENCIA NA HISTÓRIA
O enterro dos mortos
Num ponto todos os antropólogos, estão de acordo: o enterro dos mortos marca a existência, entre os seus praticantes, de uma idéia de continuidade da vida após o túmulo. Isto aconteceu durante o último meio milhão de anos, quando o homem do Neanderthal começou a enterrar seus mortos com evidentes sinais de ritualismo, nos quais são usados flores e animais, o que demonstra também o surgimento da Zoolatria.

Segundo alguns antropólogos a idéia da imortalidade teria surgido dos sonhos que o homem primitivo tinha com os seus companheiros já mortos; do sopro do vento por entre os galhos das árvores, que os faziam pensar em lamentos fantasmagóricos; de ver seus rostos refletidos nas águas,etc.

O que não se leva em conta é que o homem do Neanderthal, como os seus contemporâneos, não podia ser dado a grandes abstrações.
Ele era tocado pela experiência concreta. A idéia de continuação da vida além da sepultura é por demais abstrata, para ser inferida dos fatos citados.
Somente uma experiência fortemente concreta poderia fazer surgir a idéia da imortalidade pessoal.

Ernesto Bozzano, o extraordinário espírita italiano,
diz-nos que a crença imortalista nasceu da experiência mediúnica.

Durante o período do pleistoceno médio, quando as glaciações se abateram sobre os continentes, o homem do N. foi obrigado a viver em cavernas, para se abrigar do frio.
No interior delas, combalido pela falta de alimentos e pelas doenças que deviam grassar na promiscuidade reinante, houve a culminação de uma série de fatos mediúnicos que de algum tempo vinham acontecendo no seio dos inúmeros ramos neandertalenses:
a ectoplasmia e demais formas de comunicação mediúnica.
Assim, diz Bozzano, os sonhos premonitórios, as visões de Espíritos, a audição da voz dos mortos, inclusive nos fenômenos de voz direta - e a materialização de Espíritos, foram fatos concretos, que levaram o homem primitivo à crença na continuação da vida após a morte.

Diretamente dos médiuns neandertalenses surgiram os feiticeiros, ancestrais dos sacerdotes de todas as religiões.

A invocação dos mortos
Durante toda a antiguidade, numa herança direta dos períodos pré-históricos, encontramos a evocação dos mortos como um fato corriqueiro no seio dos povos.
Existia, também, todo um ritualismo voltado para o aplacamento e conquista da simpatia dos Espíritos dos mortos.
Entre vários povos, os Espíritos dos ancestrais eram cultuados em altares domésticos como divindades menores.

Baseado no trato com os mortos ou tendo este fato como revelação maior, surgiram os " famosos " mistérios da antiguidade.

A própria religião hebraica, da qual nossas crenças derivam, se baseou amplamente na mediunidade dos profetas, chegando a existir, conforme nos informa o Livro de Samuel, uma escola de profetas, onde os médiuns aprendiam os segredos da sua atividade.
Os profetas eram usados pelo povo para consultas semelhantes às que se fazem hoje a cartomantes, videntes, etc. , pelas quais recebiam pagamento, daí a perseguição sistemática aos que não fossem da classe.

Os gregos usaram muito a mediunidade profética exacerbada por fatores químicos, em Delfos.

Com o surgimento do Cristianismo, a mediunidade foi amplamente usada pelos seus profitentes. O que caracterizava o trato mediúnico na comunidade cristã das origens era a absoluta ignorância do fenômeno e suas leis.

As reuniões eram, muitas vezes, um verdadeiro pandemônio, semelhantes as dos pentecostais e da corrente carismática do Catolicismo atual, inclusive, inúmeras " heresias" surgiram em tornos dos médiuns e das revelações dos seus guias, então denominados " Espírito Santo", sendo um dos fatores para as proibições conciliares a respeito do uso da mediunidade.

Durante o obscurantismo da Idade Média, vários médiuns foram queimados nas fogueiras, ou morreram sob torturas brutais, nas prisões oficiais, por injunções do Santo Ofício, enquanto a mediunidade resplandecia no seio da comunidade de padres e freiras, produzindo notáveis demonstrações da assistência constante do mundo espiritual.

Na idade moderna o trato com os Espíritos produziu médiuns como Swedenborg, Andrew Jackson Davis, Campbell e MacDonald e os fenômenos na congregação de Edward Irving.
Também podemos falar nos célebres possessos, que produziam fenômenos diversos e impressionantes.

3. REVIVESCÊNCIA MEDIÚNICA

Hydesville e os fenômenos mediúnicos
As irmãs Fox foram o ponto de partida de uma ofensiva dos Espíritos para chamar a atenção geral para a problemática da imortalidade.
O Espírito Charles Rosma foi o pioneiro deste trabalho, e Isaac Post pode ser considerado uma antecipação de Kardec, já que teve o honroso privilégio de ter recebido, na nova idade do mediunismo, a primeira comunicação longa e coerente, de um Espírito, por via tiptológica.
Da mesma forma, a família Koons, contemporânea dos Fox, foi a precursora do mediunismo cientificamente conduzido, graças às indicações dos Espíritos, e o seu " Condensador Ectoplásmico, que nunca mais foi reproduzido.

Durante o período imediatamente antes de Kardec, a mediunidade floresceu de maneira extraordinária. Médiuns de ectoplasmia surgiram e sofreram, mas foram as humildes mesas girantes que, impulsionadas pelos Espíritos, fizeram um trabalho extraordinário de divulgação da mediunidade. Foi graças a elas que Madame de Girardin conseguiu atrair a atenção de pessoas notáveis como o escritor e poeta Victor Hugo. Também foram as mesas que iniciaram Allan Kardec, dando o primeiro impulso para a sua vocação missionária.

Finalmente, não podemos deixar de lembrar que aqui no Brasil, mais especificamente em Mata de S. João, no interior da Bahia, antes das irmãs Fox, a policia foi acionada para fechar uma casa onde pessoas se reuniam para falar com os mortos.

Conclusão
Em rápidas pinceladas, procuramos mostrar que a comunicação com os mortos tem sido constante na história da Humanidade. Tal atividade, entretanto, sempre se desenvolveu de maneira anárquica, já que havia uma completa ignorância das leis que regem a mediunidade.
Nem os famosos iniciados sabiam muito a respeito do assunto.
Somente após o surgimento de " O Livro dos Médiuns", de A. Kardec, a mediunidade passou a ser usada de forma coerente e lógica, para permitir um contato profundo e proveitoso com o Mundo Espiritual.

Djalma Argollo

Revista "Presença Espírita", jan. /fev. de 1986.
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/mediunidade/mediunidade-antes-da-codificacao.html

Mediunidade II

Tipos De Mediunidade

Autor: Henrique Pompilio de Araújo

A pessoa exerce a mediunidade por duas opções: ou por expiação ou por missão. Somente quem veio como missionário não tem débito muito alto. Os outros vieram com a mediunidade para poder se refazer melhor.
Quando é por missão, dificilmente há rebeldia por parte da pessoa. No fundo ele sabe que tem que desempenhar um grande papel, só não sabe qual é e somente com o tempo descobre que tem uma grande missão.
Os médiuns por expiação muitas vezes caem, se levantam, tornam a cair. Ele não está totalmente consciente do seu trabalho. Ele precisa ter muita força de vontade para vencer todos os obstáculos e seguir o seu caminho adiante. Muitos não conseguem se levantar ou passam para o lado negativo.

São vários os tipos de mediunidade, mas praticamente divide-se em duas grandes partes:

1.Mediunidade de efeitos físicos
a)Médiuns sonoros – produzem pancadas, estrondos, música
b)Médiuns luminosos – Produção ce centelhas, clarões, luzes
c)Médiuns motores – Movimentação de objetos
d)Médiuns de levitação – Levantam um ser, um objeto ou a si mesmo no espaço
e)Médiuns de transporte – Levam um objeto de um lugar a outro
f)Médiuns modificadores ou plasmadores – Modificam um objeto, figura, etc Dividem-se em:
moldagens, materialização, transfiguração, voz direta, escrita direta, curas .
g)Tiptologia – Os efeitos sonoros formam uma linguagem:
a)Interior – pancadas no interior do objeto
b)Bascular – movimento do objeto para dar pancadas (Tripé, pé da mesa)
c)Alfabética – Se comunicam através do objeto
d)Sematologia – Quando os sons, luzes, movimentos, deixam a transparecer a vontadede seguir a pessoa.

2.Mediunidade de efeitos inteligentes:
a)Médiuns intuitivos – O médium capta o pensamento dos espíritos, sem necessidade de incorporação. É preciso ter cuidado para o médium não expressar seus próprios pensamentos.

b)Médiuns videntes – quando o médium vê no campo fluídico. O médium só pode ver o que for
permitido.
c)Médiuns de psicofonia – quando o espírito fala através do médium;

d)Médiuns de psicografia – Quando o espírito escreve através do medium.
A psicografia pode ser:
1)Mecânica – O espírito pega na mão do médium e escreve o texto. Neste caso o médium não tem
noção do que está escrevendo e escreve com a própria letra do espírito.
2)Intuitiva – O médium capta o pensamento do espírito e escreve o que ele quer comunicar.
3)Semi-mecânica – o médium sabe do assunto que o espírito está escrevendo, tem noção, mas
quem escreve é o espírito
4)Ditada – O espírito vai ditando e o médium vai escrevendo. Neste caso o médium tem a mediunidade de audiência.
e)Médiuns sensitivos ou impressionáveis – Sentem a presença dos espíritos.
f)Médiuns audientes – Ouvem o que o espírito quer dizer.
g)Médiuns sonambúlicos – Agem de duas formas:
1.Fatos anímicos – produzidos por seu próprio espírito
2.Fatos espíritas – produzidos pelos espíritos.
h)Médiuns curadores – Podem curar através dos espíritos
i)Médiuns pneumatógrafos – Podem produzir a escrita direta. São raros os médiuns desta categoria.
j)Médiuns de pictografia – os que têm capacidade de desenhar através dos espíritos.
Para haver uma boa ligação espiritual é necessário que todos estejam bem concentrados. Concentrar-se é pensar em uma só coisa o tempo todo: por exemplo em Jesus Cristo, em
Deus, num lugar calmo, etc. Com isto estabelece-se a Vibração ou seja, uma espécie de onde que circula em torno da mesa. Todos pensamento no bem, na paz, no amor percebe-se a Sintonia com a espiritualidade. Se um médium estiver pensando diferente, pode haver quebra de sintonia no ambiente, dificuldade para estabelecer a ligação com a espiritualidade ou a vinda de irmãos que estão sintonizados com aquele médium que pensa diferente. A prece ajuda a sintonia, pois melhora a energização do ambiente e a ligação espiritual.
http://www.artigonal.com/religiao-artigos/tipos-de-mediunidade-1391582.html

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O que são os Fluidos no Espiritismo?

Os fluidos são o veículo do pensamento dos Espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados.

Todos estamos mergulhados no fluido cósmico universal, substância básica da Criação, que varia da imponderabilidade até a ponderabilidade.
Os fluidos espirituais estão impregnados dos pensamentos dos Espíritos, portanto varia de qualidade ao infinito.
A atmosfera fluídica é formada pela qualidade dos pensamentos nela predominantes.


há uma matéria elementar primitiva, uma substância original, que emana do Criador.
Seria uma espécie de "hálito do Criador", numa comparação vulgar.
É o plasma divino, ou força nervosa do Criador, que assume dois estados:

a) de eterização (natureza pura) = estado primitivo normal que propicia os fenômenos do mundo invisível;
b) de materialização (natureza mais grosseira) = conseqüência do primeiro e propicia os fenômenos materiais.

Essa matéria elementar, primitiva, conhecida como fluido cósmico universal, é suscetível, com as inúmeras combinações com a matéria e sob ação do espírito, de sofrer variações ao infinito e produzir toda a variedade de elementos ou coisas conhecidas ou desconhecidas ainda, ou fenômenos explicados ou ainda inexplicados.
Interessante pensar que na realidade, a solidificação da matéria não é mais do que um estado transitório do fluido universal.

Mas aí surge outra questão:

Estamos habituados no estudo do Espiritismo a encontrar as expressões

Fluido magnético,
Fluido elétrico,
Fluido material,
Fluido espiritual
Fluido vital.

Na verdade, todos são combinações ou transformações do mesmo fluido primitivo acima citado.

O fluido perispíritico, por exemplo, é o agente dos fenômenos espíritas que se produzem pela ação recíproca dos fluidos que emitem o médium e o espírito comunicante.

Já o perispírito, ou corpo fluídico, por sua vez, que se forma com o fluido universal de cada globo , é também uma condensação do fluido cósmico universal em torno da alma, pois os espíritos são a individualização do princípio inteligente.
E mais, o próprio corpo carnal também tem origem no fluido cósmico – como matéria original –, e ambos (corpo e perispírito) são matéria, ainda que em estados diferentes e o perispírito seja semi-material para os conceitos humanos.

Porém, a natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do espírito.

Em resumo, tudo o que existe é transformação dessa matéria elementar primitiva.

Há o espírito, a matéria e este fluido cósmico universal, que conforme resposta à questão 27, de O Livro dos Espíritos ,
"(...) é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima (...)".

Voltemos, porém, aos diversos adjetivos colocados na palavra fluido, como indicado no segundo parágrafo anterior, e recorrendo agora à Revista Espírita.
Observemos o pensamento do Codificador, referindo-se aos fluidos espirituais:

"(...) Quem quer que traga os pensamentos de ódio, inveja, ciúme, orgulho, egoísmo, animosidade, cupidez, falsidade, hipocrisia, murmuração, malevolência, numa palavra, pensamentos colhidos das más paixões, espalha em torno de si eflúvios fluídicos que reagem sobre os que o cercam.

Ao contrário, na mesma assembléia em cada um só trouxe sentimentos de bondade, caridade, humildade, devotamento desinteressado, benevolência e amor ao próximo, o ar é impregnado de emanações salutares em meio às quais sente viver mais à vontade (...)

Os fluidos espirituais representam um importante papel em todos os fenômenos espíritas, ou melhor, são o princípio mesmo desses fenômenos (...)"

Sobre fluido magnético, expõe Kardec
"(...) Sabe-se que o fluido magnético ordinário pode dar a certas substâncias propriedades particulares ativas. (...) não há, pois, nada de admirar que possa modificar o estado de certos órgãos; mas compreendam igualmente que sua ação, mais ou menos salutar, deve depender de sua qualidade; daí as expressões ‘bom ou mau fluido; fluido agradável ou penoso’(...)". Sobre fluido magnético, sugerimos ainda a matéria Campo Magnético .
Outra expressão bastante usada é fluido vital.

"(...) Desde que o fluido vital, emitido de alguma forma pelo espírito, dá uma vida factícia e momentânea aos corpos inertes; desde que outra coisa não é o perispírito senão o próprio fluido vital, segue-se que, quando encarnado, é o espírito que dá vida ao corpo, por meio de seu perispírito: fica-lhe unido enquanto a organização o permite; e, quando se retira, o corpo morre (...)" 
 E ainda: "(...) O fluido vital é indispensável à produção de todos os fenômenos medianímicos, é apanágio exclusivo do encarnado e, por conseguinte, o espírito operador é obrigado a impregnar-se dele (...)"
. O Espírito São Luiz também explica o mesmo tema: "(...) Ele envolve os mundos: sem o princípio vital, nada viveria.
Se uma pessoa subisse além do envoltório fluídico dos globos, pereceria, porque seu envoltório fluídico dele se retiraria, para juntar-se à massa.
Esse fluido vos anima, é ele que respirais. (...)".

De qualquer ângulo que os analisemos, perceberemos que eles são o veículo, o transmissor do pensamento e adquirem as qualidades ou as características do pensamento ou das impressões que o conduz.

Elemento neutro, sofre a ação da vontade

A verdade é que os espíritos atuam sobre os fluidos, não manipulando-os como os homens, mas empregando o pensamento e a vontade.
Para os espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem.
Neste processo, eles imprimem direção, aglomeram ou combinam, ou dispersam; organizam aparências, formas, coloração. Isto tudo pela intenção ou pensamento, de forma consciente ou inconsciente.
Aí está a origem das regiões umbralinas ou trevosas, das colônias espirituais e a ação dos construtores celestes – na formação dos mundos ou na condução dos seres vivos –, das ocorrências de imagens plasmadas em reuniões mediúnicas para socorro de espíritos em desequilíbrio; também da proteção fluídica superior ou de verdadeiros cercos fluídicos organizados por obsessores.

Também está aí a atmosfera espiritual de encarnados, a ocorrência do processo obsessivo ou os benefícios da fluidoterapia.
Como também as sensações de paz, harmonia, entusiasmo ou desânimo, mal estar, causados por influências espirituais.

E até as modificações causadas no perispírito, como num espelho, das imagens criadas pela força do pensamento.
Enquadram-se neles também as reflexões sobre vibrações à distância, curas, manifestações de fenômenos físicos (movimento de objetos e outros), vestuário dos espíritos e outros temas que se podem estudar inclusive no capítulo VIII de O Livro dos Médiuns: Laboratório do Mundo Invisível.

Vamos para exemplos simples do cotidiano:

a) Pensemos na influência benéfica ou constrangedora de um espírito junto a um encarnado;

b) Pensamos numa pessoa e o telefone toca: é a própria pessoa em quem pensávamos.

Ambos os casos revelam a transmissão de fluidos espirituais ...
E, para concluir, deixemos a palavra ao Codificador Allan Kardec:
"(...) A qualificação de fluidos espirituais não é rigorosamente exata, uma vez que, em definitivo, é sempre da matéria mais ou menos quintessenciada.
Não há de realmente espiritual senão a alma ou princípio inteligente.
São assim designados por comparação, e em razão, sobretudo, de sua afinidade com os Espíritos.
Pode-se dizer que são a matéria do mundo espiritual : é por isso que são chamados fluidos espirituais (...)".



Allan Kardec:

“Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável” 
 (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

Vimos que o pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais, modificando suas características básicas.
Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua influência.
Os pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas acima.
Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico.

Pode-se concluir assim, que em torno de uma pessoa, de uma família, de uma cidade, de uma nação ou planeta, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia vibratoriamente, segundo a natureza moral dos Espíritos envolvidos.

À atmosfera fluídica associam-se seres desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes.
Por esta razão, os Espíritos superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a vida, seja a mais elevada possível.
Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos maus pensamentos, tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual aproximam-se Espíritos doentios.
A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem, formando um quadro físico-psíquico deprimente, que pode ser modificado sob a orientação dos ensinos morais de Jesus.

“A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem conseqüências de importância direta e capital para os encarnados.
Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento; que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos” - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

À medida que cresce através do conhecimento, o homem percebe que suas mazelas, tanto físicas quanto espirituais, é diretamente proporcional ao seu grau evolutivo e que ele pode mudar esse estado de coisas, modificando-se moralmente.
Aliando-se a boas companhias espirituais através de seus bons pensamentos, poderá estabelecer uma melhor atmosfera fluídica em torno de si e, consequentemente, do ambiente em que vive.
Resumindo, todos somos responsáveis pelo estado de dificuldades morais que vive o planeta atualmente.

“Melhorando-se, a humanidade verá depurar-se a atmosfera fluídica em cujo meio vive, porque não lhe enviará senão bons fluidos, e estes oporão uma barreira à invasão dos maus.
Se um dia a Terra chegar a não ser povoada senão por homens que, entre si, praticam as leis divinas do amor e da caridade, ninguém duvida que não se encontrem em condições de higiene física e moral completamente outras que as hoje existentes”
(Allan Kardec - Revista Espírita, Maio, 1867).

http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/prg-003.html
Orson Peter Carrara
http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo210.html

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Apometria

A Apometria - do prefixo grego apo (além de) e do radical metria (medida) - é definida como um conhecimento que se propõem a estudar aquilo que estaria além das formas de medida convencionais. O termo está associado a uma prática terapêutica alternativa, de natureza espiritualista, consistente no desdobramento e na dissociação dos múltiplos corpos de que seria constituído o ser humano, mediante uma seqüência de pulsos ou comandos energéticos mentais.

A terapia foi introduzida no Brasil pelo farmacêutico e bioquímico porto-riquenho, Luis Rodrigues, que a chamava de "Hipnometria", e utilizava a técnica de contagem progressiva para obter o desdobramento anímico controlado. Na década de 1960, foi sistematizada pelo Médico José Lacerda de Azevedo (1919-1997), no Hospital Espírita de Porto Alegre, que lhe trocou o nome para "Apometria".

A terapia
Serve para ajudar na cura de problemas de comportamento que afligem as pessoas. Ou seja, pode haver um desequilíbrio espiritual ou emocional que chega até o corpo e aparece como forma indesejada de comportamento ou como doença. Sua ação fundamenta-se na existência de desdobramentos de personalidade, adquiridas nesta encarnação ou em nossas vidas passadas (outras encarnações). Os especialistas e estudiosos de apometria atuam gratuitamente em centros espíritas para fazer esta cura como intermediários entre o astral e o físico. Trabalham sobre estas diferentes reações de personalidade fazendo com que as perturbações sejam superadas pelas pessoas.

De acordo com seus preceitos, é uma espécie de energia, direcionada pela atuação da força de vontade do condutor dos trabalhos, e impregnada de amor, canalizada na forma de "pulsos magnéticos" para tratar portadores de transtornos psicológicos, doenças genéticas de difícil resposta à terapêutica médica, ou consideradas incuráveis.


Leis da Apometria
Primeira Lei: Lei do desdobramento espiritual.
Segunda Lei: Lei do acoplamento físico.
Terceira Lei: Lei da ação à distancia, pelo espírito desdobrado.
Quarta Lei: Lei da formação dos campos-de-força.
Quinta Lei: Lei da revitalização dos médiuns.
Sexta Lei: Lei da condução do espírito desdobrado, de paciente encarnado, para os planos mais altos, em hospitais do astral.
Sétima Lei: Lei da ação dos espíritos desencarnados socorristas sobre os pacientes desdobrados.
Oitava Lei: Lei do ajustamento de sintonia vibratória dos espíritos desencarnados com o médium ou com outros espíritos desencarnados, ou de ajustamento da sintonia destes com o ambiente para onde, momentaneamente, forem enviados.
Nona Lei: Lei do deslocamento de um espírito no espaço e no tempo.
Décima Lei: Lei da dissociação do espaço-tempo.
Décima Primeira Lei: Lei da ação telúrica sobre os espíritos desencarnados que evitam a reencarnação.
Décima Segunda Lei: Lei do choque do tempo.
Décima Terceira Lei: Lei da influência dos espíritos desencarnados, em sofrimento, vivendo ainda no passado, sobre o presente dos doentes obsediados.

Técnicas apométricas

Desdobramento espiritual
Pulso magnético
Dialimetria
Técnicas de sintonia psíquica com os espíritos
Dissociação do espaço-tempo
Cromoterapia mentalística
Técnica do Circo - Faiçal Baracat

A constituição setenária do ser
Na óptica da apometria, o ser humano é composto por sete corpos. São eles:

Corpo físico
Corpo etérico
Corpo astral
Corpo mental inferior
Corpo mental superior
Corpo búdico
Corpo átmico

Forças empregadas na apometria

Força mental
Segundo os preceitos da Apometria, a mente é uma "usina de força" que tem o poder ilimitado de moldar, mover e direcionar a "energia cósmica". Nesse sentido, Ramatis insistiria na idéia de que "toda magia é mental", pois é a força e a intenção de um pensamento que pode determinar se uma magia é benigna (magia branca) ou se interfere no livre arbítrio alheio, principalmente para fins egoísticos, fúteis ou prejudiciais (magia negra).

Ainda, de acordo com esta, a energia mental é de natureza "radiante". O pensamento pode ser transmitido à distância e captado de forma integral ou parcial por qualquer ser que tenha uma certa sensibilidade. Assim, o pensamento tem direção e um ponto de aplicação que é o seu objeto.

Força zeta
Segundo a Apometria, a Força Zeta, é a liberação de energia condensada de um corpo físico. Desta forma, o operador apométrico utilizaria a energia do seu próprio corpo para criar campos de força, além de inúmeras outras aplicações da energia.

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